Quanto mais polifenóis nas refeições, melhor para sua vida. A recomendação ganhou respaldo científico de um estudo publicado no Journal of Nutrition. É a primeira vez que pesquisadores avaliam a dieta e não somente biomarcadores e questionários com os voluntários. Para chegar ao resultado, especialistas acompanharam, por 12 anos, 807 homens e mulheres na faixa etária dos 60 anos.
Quem manteve uma alimentação rica em alimentos com polifenóis (>650 mg por dia) em comparação com aqueles que consumiam baixa quantidade (<500 mg por dia) da substância apresentou redução de 30% na taxa de mortalidade. Segundo os pesquisadores, os polifenóis atuam na prevenção das doenças crônicas (diabetes, colesterol, hipertensão), o que indiretamente reduz o número de óbitos.
Como está presente em diversos alimentos do nosso dia a dia, informa a nutricionista Daiana Mafort, consultora da Nação Verde, é possível ter quantidade significativa de polifenóis nas cinco ou seis refeições diárias. Um adulto, por exemplo, deve consumir 20 mg do componente por dia , o que significa 2 ameixas e 1 copo de suco de uva.
Entre os alimentos mais ricos nesta substância estão os chás (aqueles feitos com a própria planta, como chá verde, erva-mate, preto, camomila, erva-doce e boldo), o café verde (vendido em cápsulas), o café tradicional, o grão da soja, a ameixa preta, as nozes, além dos vegetais (frutas, legumes e verduras).
De acordo com a nutricionista, há mais de 8 mil tipos de polifenóis reconhecidos. “Além de serem ótimos antioxidantes, estudos internacionais já mostraram que eles possuem efeitos antiinflamatórios e anticancerígenos”, destaca.