Ritmo do coração da mulher aumenta durante gravidez

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Durante a gravidez, de acordo com médicos, o coração da mulher sofre um aumento de 60% em seu ritmo. Essa sobrecarga ocorre não só pela ansiedade da chegada do bebê e seus preparativos, mas também porque nesse período gestacional ela tem um aumento no volume sanguíneo. 

“Isso ocorre porque há um aumento do volume de plasma (componente líquido) e uma diminuição de concentração de hemácias (células vermelhas) no fluxo sanguíneo da mulher grávida”, explica o cardiologista Dr. Marcelo Queiroga, presidente da SBHCI – Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista.

De acordo com o Queiroga, como as células vermelhas são responsáveis pelo transporte de oxigênio no organismo, o coração deve funcionar mais intensamente para suprir a diminuição dessas células por meio do bombeamento de sangue.

Além das emoções dos nove meses de gestação, o coração da grávida também tem seu trabalho aumentado, pois bombeia cerca de 40% mais sangue a cada batimento, número que atinge o ápice por volta da 32ª semana. 

“Esses números reforçam a importância de se ter atenção redobrada com o coração no período gestacional”, alerta Dr. Queiroga. Entre os fatores que podem desencadear um problema cardíaco no período da gestação, estão hipertensão pulmonar (nas vias pulmonares), fibrilação atrial (tipo de arritmia cardíaca), tromboembolismo e a endocardite infecciosa (infecção por bactérias e/ou fungos no coração).

Cuidados recomendados:

– Alguns sintomas que as mulheres sentem quando estão grávidas são parecidos com os de doenças cardíacas, como tontura, aceleração de frequência cardíaca e aumento do ritmo respiratório. Quando os sintomas persistem é indicado que a gestante procure um cardiologista.

– Na 32° semana, o coração trabalha 33% mais rápido do que o convencional para dar conta do volume de sangue que aumenta. O obstetra deve ser informado de qualquer mal-estar como sangramento, dores de cabeça ou contrações. Eles podem ser sinais de alerta.

– Mulheres que têm algum tipo de doença cardiológica diagnosticada e são tratadas com anticoagulantes orais precisam ter uma gravidez planejada com bastante antecedência. Os riscos são muitos, tais como trabalho de parto prematuro, restrição de crescimento do feto, alterações da vitalidade fetal e rompimento da bolsa gestacional.

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