A partir desta terça-feira (9), o valor da gasolina para as distribuidoras sofrerá um aumento, que deve resultar em um acréscimo de até R$ 0,25 no preço ao consumidor na região de Campinas (SP), conforme informou o Sindicato dos Postos de Combustíveis (Recap). O etanol também sofrerá um aumento, embora em menor escala. O Recap prevê que os novos preços estarão presentes em todos os postos da região até sexta-feira (12), mas alguns estabelecimentos já começaram a ajustar os valores.
O Recap explicou que o aumento no valor do etanol é repassado pelas usinas que produzem e fornecem o combustível. A União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica), que representa os produtores do setor, justificou que a oscilação nos preços do etanol é uma consequência das movimentações de mercado, ou seja, da oferta e demanda das distribuidoras. “Contudo, cabe ressaltar que, apesar deste reajuste, o preço do litro do etanol continua representando economia efetiva para os motoristas. Dos 418 municípios que compõem a amostragem da ANP da última semana, em 283 cidades apresentaram preço do etanol hidratado inferior a 73% do valor da gasolina”, acrescentou a Unica.
Como a gasolina vendida nos postos contém etanol em sua composição, o aumento deste também reflete no preço final da gasolina, conforme explica o Recap. Este é o primeiro aumento realizado pela Petrobras para as distribuidoras desde outubro de 2023, e também afeta o gás de cozinha, com uma alta fixada em R$ 0,20 tanto para o combustível quanto para o botijão. Mesmo com o aumento, a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) aponta que o valor da gasolina continua 10% abaixo dos preços praticados no mercado internacional.
A Petrobras esclareceu que, como a mistura obrigatória para a composição da gasolina vendida nos postos é de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro, a parcela na composição do preço ao consumidor passará a ser de R$ 2,20 por litro, uma variação de R$ 0,15 a cada litro de gasolina.
Em maio de 2023, a Petrobras anunciou uma mudança em sua política de preços, deixando de seguir a política de paridade internacional (PPI), que ajustava o preço dos combustíveis com base nas variações do dólar e da cotação do petróleo no exterior.