Quando uma criança apresenta alguma dificuldade na aprendizagem, nossa primeira reação para justificar os insucessos é criar rótulos. Ao aluno, é transferido todo fracasso, aspectos negativos e com isso, distanciamos a criança do professor, bem como da escola.
A primeira pessoa capacitada para reconhecer as dificuldades é o professor, mas, não podemos tirar a responsabilidade da família já que algumas dificuldades estão relacionadas tanto a fatores externos quanto a internos. Porém, ainda assim, é o professor quem tem um olhar profissional para a criança.
Como professora, um dos grandes desafios em sala de aula, foi lidar com a “individualidade” de alguns distúrbios e dificuldades de aprendizagem, pois a graduação não nos prepara para essas questões, geralmente esperamos encontrar crianças que venham com as mesmas definições das literaturas que lemos e isso não acontece, porque independentemente da dificuldade, cada criança tem a sua individualidade e histórico de vida familiar.
Segundo a Psicopedagoga Patrícia Simões, o professor deve estar atento para detectar de forma preventiva fatores que possam comprometer um desenvolvimento sadio e um processo de escolaridade normal, como também combater todo e qualquer tipo de rótulo no ambiente escolar. Se ao ser educado, um aluno recebe reflexos negativos, terá uma forte tendência a se pensar como alguém menos valioso o que diminui a sua autoestima, o desestimula a experimentar o novo, a aprender e pode gerar dificuldades mais sérias. As dificuldades na aprendizagem não devem ser ignoradas e não pode esperar. Um diagnóstico precoce evita danos irreparáveis se o motivo dessa dificuldade for um transtorno. Cabe à equipe escolar desenvolver um “olhar sensível” às necessidades individuais de seus alunos sabendo observar, identificar e intervir ao perceber qualquer dificuldade no processo de aprendizado; comunicar a família sobre a necessidade de uma avaliação especializada e encaminhar para um profissional apropriado (psicopedagogo, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional ou psicólogo) que dará o direcionamento adequado ao caso. Saber se a dificuldade na aprendizagem é uma dificuldade pontual, situacional, generalizada ou um transtorno específico de aprendizagem requer a investigação de profissionais especializados. É importante salientar que todo indivíduo, independentemente de suas fraquezas e dificuldades (emocionais, cognitivas e comportamentais), com o devido acompanhamento, é capaz de aprender, superar barreiras, ampliar suas potencialidades e descobrir novos potenciais.
No Colégio Cristão Attos, utilizamos a abordagem Educacional por Princípios, pois entendemos que ensinar é um ato de amor que precisa estar aliado à técnica, contemplando filosofia e metodologia que conduzam professores e alunos a alcançarem os objetivos traçados para cada assunto, além de direcionar o olhar do professor para a individualidade de cada criança.
Dessa forma, não trabalhamos sozinhos, temos parceiros que sempre nos auxiliam para que possamos proporcionar um desenvolvimento holístico em nossos alunos. Além dos nossos profissionais serem orientados a como trabalhar os conteúdos, objetivando não somente o aspecto cognitivo, mas também revelar Deus aos alunos.
Escrito por Emanuele Alexandre – Diretora Pedagógica do Colégio Cristão Attos
Colaboração: Patrícia Simões – Psicopedagoga – (19) 99673-0447