O prefeito de Vinhedo, Jaime Cruz (PSDB), deu sinais que os servidores municipais podem ficar sem aumento salarial em 2017. A crise econômica e a Lei de Responsabilidade Fiscal são os principais empecilhos para não aplicar o reajuste.
Durante encontro realizado com o sindicato da categoria na semana passada, o prefeito disse que se a Prefeitura realizar apenas o repasse da inflação dos últimos 12 meses, 4,57%, o percentual gasto com folha de pagamento vai chegar a 54,31% das receitas, extrapolando o limite imposto pela Lei de Responsabilidade Fiscal, que é de 54%.Segundo a Prefeitura, um dos principais motivos da elevação da folha de pagamento dos servidores de 2011 até os dias atuais tem relação com o Estatuto do Magistério, que criou um plano de cargos e carreiras aos professores.
Ainda durante o encontro, foi revelado que a previsão de arrecadação da Prefeitura para este ano, que era de aproximadamente R$ 390 milhões e recuou para R$ 378.765.903,96.
“Estamos tratando essa questão com a máxima responsabilidade e não é de agora, tanto que, por conta das medidas que tomamos, somos das poucas prefeituras que vem mantendo os salários dos servidores em dia, mas precisamos continuar atentos com a situação financeira, pois ainda não temos percebido sinais de recuperação no que tange à arrecadação municipal. Pelo contrário. Está bem abaixo da previsão”, disse o prefeito Jaime Cruz.
Por meio de nota em uma rede social, o Sindicato dos Servidores Públicos de Vinhedo disse que não recebeu nenhuma proposta do governo municipal e que a Prefeitura demorou mais de 60 dias para abrir diálogo com a categoria.
“Esta gestão costuma dizer que preza pelo diálogo. Contudo, ela vinha nos ignorando há mais de 60 dias, desde quando protocolamos nossa pauta de reivindicações na Prefeitura. O Prefeito Jaime Cruz esperou o penúltimo dia antes da data-base (primeiro de maio) para resolver nos fazer um convite”, escreveu o sindicato na nota.
Na pauta de reivindicações o sindicato pede reajuste salarial de 11,3%, aumento do vale alimentação de R$550 para R$ 800, acréscimo no vale transporte para chegar aos R$ 300,00 mensais entre outras cláusulas sociais.
Nesta semana, sindicato e Prefeitura devem fazer um novo encontro para discutir o tema.