A Prefeitura de Vinhedo informou nesta sexta-feira, 23, que a cidade não tem registro de casos de Leishmaniose. A doença se tornou preocupação na última quinta-feira, 22, após 24 casos de Leishmaniose Visceral canina serem confirmados em Valinhos.
Neste ano, em Vinhedo, foi registrado um caso suspeito da doença em um cachorro, mas o resultado deu negativo. Não há nenhum caso suspeito de contaminação em humano no município.
Por conta do surto da doença em Valinhos, o Setor de Zoonoses da Secretaria de Saúde de Vinhedo está intensificando o trabalho junto às clínicas veterinárias, protetores animais e outros, levando informações sobre a doença e também explicando como devem ser conduzidos os casos suspeitos (notificação e coleta de material para exame).
De todos os casos registrados em Valinhos, quatro cães morreram, um foi submetido à eutanásia e outros seis aguardam resultado de exame de sangue, para constatar se estão em condições de serem submetidos a tratamento. Ainda há 114 cães em investigação.
Segundo os médicos veterinários, o primeiro caso de Leishmaniose Visceral canina em Valinhos foi registrado no mês de maio, no Jardim Paraná, a partir de notificação de uma clínica veterinária particular. Logo após, outros casos foram confirmados nos bairros Nova Suíça e Clube de Campo.
Sintomas e tratamento
Os principais sintomas da doença em humanos são febre de longa duração, aumento do fígado e do baço, perda de peso e fraqueza. Já no cão ocorre emagrecimento, queda de pelos, lesão nos olhos, crescimento e deformação das unhas, paralisia das pernas e desnutrição.
Um ou mais desses sintomas podem começar a se manifestar em até dois anos, porém, mesmo sem a manifestação da doença o cão infectado pode transmitir o protozoário ao mosquito, porque fica alojado mais em nível cutâneo. Já em humano a transmissão não é registrada, pois a doença acomete mais as vísceras.
Prevenção
Para o controle da reprodução do vetor, a recomendação é para manter as áreas ao redor da casa e o pé das árvores limpos e com espaço para a passagem da luz do sol no solo. O mosquito se reproduz em matéria orgânica em decomposição, como montes de folhas, restos de grama e de poda de árvores deixados em lugares úmidos e sombreados.
A orientação também é para a colocação de telas nas portas e janelas e, se possível, no abrigo dos cães para impedir a entrada do mosquito, que tem hábito noturno. Também é recomendado o uso de repelentes, de camisa de manga comprida e calça nos trabalhos ao redor de casa e a colocação de coleira repelente para mosquito flebótomo nos cães.