De acordo com anúncio da Organização Mundial de Saúde, o consumo máximo de sal na dieta para crianças é de cinco gramas, equivalente a dois gramas de sódio. Para os adultos, o consumo recomendado é menos que cinco gramas de sódio. Essas medidas são uma forma de prevenir os riscos causados pelo consumo excessivo, que pode causar doenças cardiovasculares.
No Brasil, para se ter uma noção, o consumo médio de sal, é 9 a 10 gramas por dia, muito acima do recomendado pela OMS. De acordo com a SBEM-SP (Regional São Paulo da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia), o excesso na ingestão de sal e sódio propicia doenças cardiovasculares como o acidente vascular cerebral (derrame), angina, arritmia, aterosclerose, enfarte, hipertensão (pressão alta), entre outras que afetam o coração e as artérias.
Para evitar tais danos à saúde, a SBEM-SP sugere uma atenção especial aos índices de composição de sódio em alimentos industrializados como batatas fritas e palha, biscoitos, margarinas e manteigas, molhos concentrados como maionese, ketchup e mostarda, salgadinhos à base de milho, entre outros que são maléficos ao público infantil, aos adolescentes e adultos.
Iodo
Apesar de a redução do consumo de sódio ser positiva, é preciso ter atenção com a ingestão de iodo, um elemento necessário para a produção de hormônios pela glândula tireoide.
A deficiência de iodo é um importante problema de saúde pública que atinge mais de um bilhão de pessoas em todo o mundo. “O problema é de particular importância durante a gravidez e na primeira infância, quando a deficiência de iodo pode causar hipotireoidismo e retardo mental irreversível”, explica dr. José Augusto Sgarbi, especialista da SBEM-SP.
Como o iodo não é sintetizado pelo organismo, a ingestão por dieta é necessária. Alguns alimentos são fontes de iodo, como leite de vaca, iogurtes, sorvetes, ovos, molho de soja, algas marinhas, peixes marinhos e frutos do mar, mas são insuficientes para as necessidades diárias do ser humano e não estão disponíveis para toda a população. Assim, a suplementação do iodo é realizada no Brasil e em outros países por meio de um programa de enriquecimento do sal de cozinha com iodo.
“Estima-se que, no Brasil, cada cinco gramas de sal iodetado contenham aproximadamente 100 microgramas de iodo e a suplementação considerada ótima para adultos seria de 100 a 150 microgramas por dia, com ingestão mínima necessária de 50 microgramas por dia. Para crianças, as necessidades variam de acordo com a faixa etária, de aproximadamente 40 microgramas de iodo ao dia, entre 0 a 5 meses de idade, e de 100 a 150 microgramas por dia para crianças maiores de 11 anos”, diz Sgarbi.