O Governo de São Paulo, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), promove neste sábado (8), o Dia D de Vacinação para todas as crianças de 1 a 4 anos de idade que devem ser vacinadas contra a poliomielite (paralisia infantil), já paras as crianças menores de 1 ano será avaliada a situação vacinal, iniciando ou completando a caderneta de acordo com a idade. Será um dia também para alertar sobre a importância de seguir o esquema vacinal. As Unidades Básicas de Saúde (UBS) de todo o estado estarão abertas para imunizar as crianças contra a paralisia infantil. A campanha está ocorrendo desde 27 de maio.
A poliomielite, doença infectocontagiosa aguda, é caracterizada pela contaminação pelo poliovírus que pode causar paralisia muscular dos membros inferiores, de forma assimétrica e irreversível, em casos graves podendo evoluir a óbito, sendo a vacinação a principal forma de prevenção.
Até 3 de junho, no estado, foram vacinadas 36.786 crianças entre 1 a 4 anos de idade, de acordo com o Painel de Monitoramento do Ministério da Saúde (MS). Os números apresentam uma baixa adesão do público-alvo, conforme explica a enfermeira e diretora da Divisão de Imunização da SES, Ligia Nerger. “É de extrema importância que os pais ou responsáveis levem as crianças para se vacinar, pois, ainda que a doença tenha sido eliminada no Brasil, outros países apresentam casos de pólio, o que traz o risco de reintrodução da doença. Portanto, os níveis de baixa adesão são preocupantes”, afirma.
A campanha faz parte do processo de mudança do esquema vacinal das crianças, que se deve às conquistas obtidas no processo de interrupção do poliovírus no Brasil. A pólio selvagem está eliminada no Brasil desde 1989 e em São Paulo desde 1988. O ato fez com que o país recebesse a certificação de área livre da doença em 1994.
“Desde a erradicação da doença, os órgãos de saúde vêm se empenhando para a manutenção dos indicadores, além da vigilância ativa para busca de casos de paralisia flácida aguda para que o Brasil se mantenha livre da doença. Para isso, é necessário também que os pais contribuam para manter esse quadro e elevar as coberturas vacinais”, alerta a especialista.