Com mais de dez milhões de visitantes por ano, o Distrito Turístico Serra Azul, famoso pelos parques de diversões Wet’n Wild e Hopi Hari, se prepara para expandir seus horizontes. Criado há dois anos pela Secretaria de Turismo e Viagens do Estado de SP, Serra Azul fechou o balanço de investimentos nos últimos dois anos: R$ 700 milhões foram empregados para um novo resort (Cyan Resort), um clube de golfe (ainda em construção) e em novas áreas de expansão do Outlet Premium.
Formado por quatro municípios: Itupeva, Vinhedo, Louveira e Jundiaí; Serra Azul projetou os investimentos privados até 2026, cerca de R$ 2,8 bilhões com três novos hotéis, um autódromo, o Adventure Mall (um mix de parque temático e shopping center, com tema de esportes e aventura) e a ampliação da hípica local.
Outros dois projetos de Distrito Turístico, o Portal da Mata Atlântica e o Centro Histórico da capital, estão em fase final de criação e homologação, que deve ser concluída em breve. “O Serra Azul tem sido um exemplo inspirador e, seguindo esta mesma essência, há ainda a proposta do Distrito Turístico da Mantiqueira Paulista, e o de Santos, em análise pela Comissão de Distritos Turísticos na Secretaria”, afirma o secretário Roberto de Lucena, de Turismo e Viagens de SP.
O distrito turístico é um modelo de organização territorial que incentiva o desenvolvimento da atividade econômica a partir do turismo. Tem um papel essencial na política de atração de recursos para SP, investimentos públicos e privados, benefícios econômicos, fiscais e de crédito.
“O conceito do DT Serra Azul é a concentração de inúmeros empreendimentos, atrativos, atividades e serviços turísticos, em uma área dedicada exclusivamente ao turismo, criando uma oferta organizada de produtos sinérgicos e complementares entre si como parques temáticos, meios de hospedagem, gastronomia, centros de compras, esportes, cultura e entretenimento, que formarão um novo e forte destino, que atrairá visitantes de todo o Brasil e da América do Sul”, afirma o Presidente do Conselho Gestor Alain Baldacci.
A organização em distritos turísticos gera impactos significativos na visitação e pode movimentar cerca de R$ 10,3 bilhões no estado até 2030. Recentemente, a Secretaria lançou um manual de boas práticas para distritos turísticos e criou um fórum permanente para reunir e divulgar soluções para desafios de infraestrutura, incentivos econômicos e aprofundamento de políticas públicas.
Como se tornar um Distrito Turístico – É necessário apresentar estudos técnicos que identifiquem o potencial nacional e internacional de determinada área, com definição de objetivos, diretrizes, metas, resultados e parâmetros de interesse público específicos. Também é necessário justificar a vocação e a relevância regional, estudos de viabilidade e impacto econômico, social, jurídico e ambiental, além da realização de consulta pública, resolução pela Setur-SP declarando que a área preenche os requisitos para instituição de Distrito Turístico e adesão dos municípios envolvidos. Por fim, a elaboração de um plano de implementação e gerenciamento, de acordo com os critérios previstos em resolução pela Secretaria de Turismo e Viagens do Estado. https://www.turismo.sp.gov.br/