A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo investiu R$ 16,3 milhões na compra de kits escolares para a volta às aulas nesta sexta-feira, 1º de fevereiro, dos 568.052 mil alunos matriculados nas 830 escolas estaduais da região de Campinas. Em todo o Estado, foram aplicados R$ 124 milhões na aquisição dos materiais distribuídos aos mais de 4,1 milhões de estudantes da rede estadual de ensino.
Cada aluno receberá um kit composto por cadernos, canetas, lápis, lápis de cor, apontador, borracha e régua. Serão entregues três composições diferentes, sendo uma para os estudantes do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental (ciclo I), uma para os do 6º ao 9º ano desse mesmo nível de ensino (ciclo II) e outra para os estudantes das três séries do Ensino Médio, incluindo aqueles matriculados nos programas de Educação de Jovens e Adultos (EJA), Educação Indígena e Educação Especial.
A fim de aprimorar constantemente os itens, a Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE) realiza um controle contínuo de qualidade, além de consultar os alunos. Em função dos pedidos dos estudantes, neste ano, por exemplo, foram incluídos no kit lápis com grafite mais resistente, maior quantidade de canetas e cadernos com mais páginas.
Os alunos do Ensino Fundamental ciclo I (1º a 5º ano) receberão quatro cadernos de 96 folhas, em vez dos três que haviam sido distribuídos no ano passado. Os estudantes do Ensino Fundamental ciclo II (6º a 9º ano) e do Ensino Médio também terão materiais com mais páginas, além de caderno universitário feito a partir de material reciclado. Ao todo, serão distribuídos 3,6 milhões de cadernos reciclados.
A iniciativa está entre os exemplos mundiais de aquisição pública sustentável e que foram compilados em uma publicação produzida pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), distribuída na Conferência Rio+20 em 2012. O exemplo brasileiro permitiu uma economia de mais de 8 milhões de litros de água e 241 kg de organo-halogenados (compostos químicos que são utilizados na fabricação do papel e causam danos à camada de ozônio), além da reciclagem de 1.766 toneladas de lixo.
A aquisição dos materiais é programada para o período de menor demanda no setor, entre março e outubro, para manter a indústria aquecida e obter melhores preços a fim de gerar economia aos cofres públicos. Cada conjunto, que custou, em média, R$ 27 à Secretaria da Educação, sairia por cerca de R$ 70 em uma papelaria.