Apesar de ter acabado a Páscoa, o gosto por comer chocolate continua. Porém, o endocrinologista Mauro Scharf alerta sobre o excesso do consumo dessa guloseima. De acordo com ele, o chocolate é rico em nutrientes, mas a ingestão excessiva pode provocar o ganho de peso e distúrbios gastrointestinais, como a diarreia, náuseas e vômitos.
O especialsita acrescentou que os pais precisam se atentar se os filhos têm alergia a alguma componente do chocolate. “Nesses casos, deve-se parar de consumir e procurar orientação médica”, observou. “Além disso, este tipo de doce não deve ser consumido por crianças com menos de um ano”, explicou o médico.
Sintomas como coriza, urticária, tosse seca e mal estar devem ser monitorados para atentar sobre o limite da ingestão. “Aqueles que têm intolerância à lactose podem procurar ovos de chocolate amargo e meio amargo”, exemplifica o endocrinologista.
A diarreia é o sintoma mais comum quando os pequenos abusam do chocolate. Caso isso ocorra, é fundamental suspender imediatamente o consumo e hidratar a criança com líquidos. “Se houver desidratação, deve-se procurar um hospital”, aconselhou Mauro Scharf.
Os diabéticos que gostam desse doce podem recorrer aos chocolates diet. “Mas o consumo deve ser bem moderado, porque eles têm uma quantidade de gordura maior do que o ovo de chocolate tradicional”, ressaltou ainda.
Crianças com diabetes tipo 1 devem ter uma atenção redobrada. A terapia de contagem de carboidratos permite a ingestão de açúcar, mas a pessoa tem que ser treinada pelo médico ou de preferência por uma nutricionista especializada no assunto. “O excesso de açúcar do chocolate em diabéticos tipo 1 pode induzir a um quadro conhecido como cetoacidose diabética, com altíssimas taxas de glicemia, desidratação e até eventual necessidade de internação”, alertou.
Benefícios do chocolate
Se consumido moderadamente, o chocolate faz bem à saúde. O endocrinologista Mauro Scharf recomenda que a ingestão diária não ultrapasse 30 gramas.
“O chocolate contém nutrientes como cálcio, fósforo, proteínas e outros minerais, necessários ao organismo, além de ser fonte de antioxidantes (especialmente o amargo), que combatem os radicais livres e ajudam a diminuir o colesterol”, concluiu o especialista.