Depressão, além dos sintomas comuns, como tristeza, desânimo, baixa autoestima, cansaço e ansiedade, ainda pode desencadear risco de infarto. É o que dizem alguns especialistas.
A doença leva ao infarto uma vez que provoca alterações no sistema imunológico e neurológico da pessoa. De acordo com o psiquiatra Isidoro Cobra, essas alterações podem ser, por exemplo, o aumento do colesterol, da pressão arterial e do triglicérides na corrente sanguínea e a aceleração da frequência cardíaca, fatores que juntos se tornam ainda mais perigosos para o coração. “Os pacientes com depressão podem ainda ter comportamentos de risco para as doenças do coração, assim como para o sedentarismo e o abuso de álcool. Por isso, a atenção deve ser redobrada”, alertou.
O especialista ainda explica que pessoas que sofreram infarto também estão propensas a episódios depressivos, por isso, é preciso olhar as duas doenças com cuidado. “Para evitar o infarto em pacientes depressivos, o ideal e mais importante é melhorar a qualidade de vida. Porém, não é tarefa fácil, já que a pessoa depressiva tende a negligenciar o autocuidado, descuidando da dieta e sem grande motivação para atividades físicas”, comentou.
O tratamento da depressão é, na maioria dos casos, realizado com medicamentos e a psicoterapia também pode ser bastante eficaz. Alguns pacientes depressivos também podem precisar de tratamento preventivo ou de manutenção – que pode levar alguns anos ou a vida inteira – para evitar o aparecimento de novos episódios da doença. A técnica não previne novos episódios, nem cura a depressão, porém, colabora para a diminuição do impacto provocado pelo estresse.