As noites mal dormidas trazem diversas consequências como cansaço durante o dia, sonolência, entre outros fatores que levam ao sedentarismo e a um descuido com o corpo. Em contrapartida, quem não pratica atividades físicas não alcança as fases mais profundas do sono, não descansa o suficiente e tem menos disposição no dia seguinte.
De acordo com a fisioterapeuta especializada em Medicina do Sono da Duoflex, Carolina Carmona, o exercício físico praticado de forma regular auxilia na redução do número de despertares durante a noite e o tempo que se leva para dormir. “Aliás, os sedentários levam mais tempo para dormir: são em média dez minutos, contra sete dos que se exercitam regularmente”, explica Carolina.
Ela ainda aponta a endorfina – neurotransmissor que atua como analgésico e traz sensação de bem-estar – liberada durante os exercícios, como a responsável pelas boas noites de sono.
A atividade física também favorece o sistema respiratório, que é mais exigido pela corrida do que pela musculação. Eles diminuem as chances de um ronco ou de uma apneia – quando acontecem as paradas respiratórias – e seus consequentes prejuízos para a recuperação completa do corpo durante a noite.
O período de sono regular, em média de oito horas por noite, melhora as funções cognitivas e faz com que a síntese de proteínas recupere as fibras musculares, tornando o indivíduo ainda mais preparado para o esporte, formando um ciclo de uma vida mais saudável.
Caroline ressalta que, embora a atividade física seja essencial, não resolve necessariamente todo tipo de distúrbio do sono. “A prática esportiva pode ajudar a dormir melhor, mas funciona como um auxiliar, um coadjuvante, não atua diretamente em problemas nos casos crônicos de insônia. Em muitos casos, é necessário somar-se a esta prática, a reeducação postural aliada ao uso do travesseiro correto durante o sono”.
