O furto de fios tem se tornado uma prática cada vez mais
comum na cidade de São Paulo. Além dos prejuízos financeiros, há danos à
população e quem pratica o ato pode morrer com a alta descarga de energia. Há
uma semana o desempregado Áureo José dos Santos que tentava roubar cabos de
alta tensão foi atingido por um choque de 13.800 volts. “Essa descarga é
suficiente para matar uma pessoa. A população tem que ter consciência que
eletricidade não é brincadeira. Ela não tem cheiro, cor e nem som, quando
percebemos ela já fez sua vítima, em muitos casos é fatal”, revela Carlos
Alberto dos Reis, presidente em exercício do Sindicato dos Eletricitários de
São Paulo.
O crime tornou-se um freqüente problema no estado de
São Paulo. Segundo cálculos da Secretaria Municipal de Serviços, a média de
fios furtados das vias públicas mensalmente é de 150 quilômetros.
Além de causar transtornos à população, como a falta de luz, gera aos cofres da
Prefeitura prejuízos de R$3,6 milhões por ano.
O Sindicato dos Eletricitários de São Paulo (Stieesp),
alerta para o perigo que a pessoa se expõe ao praticar tal furto. “A
população não possui conhecimento técnico para retirar o fio, não sabe que a
capa ao redor deles serve apenas para a proteção contra o sol e a chuva, e não
para proteção do manuseio. O risco de choques fortíssimos, e de morte é muito
grande; ninguém deveria colocar sua própria segurança em risco”, diz
Carlos Alberto.