A partir desta segunda-feira, 12, a greve das empresas que envasam gás LP em São Paulo entra na segunda semana. Conforme comunicado do Sindigás, o nível de disponibilidade dos produtos nas revendas está inferior a 10% do considerado normal. De acordo com informações coletadas pela reportagem do Jornal de Vinhedo, o fornecimento das empresas que revendem gás na cidade acontece no mesmo dia, mesmo que com atraso. As encomendas não são entregues na hora, como de costume, sendo preciso esperar a programação.
As empresas contatadas pela reportagem estão compensando a falta de suprimento com produtos de outras cidades como Rio de Janeiro, Uberlândia e Paulínia. E segundo elas, o valor do gás permanece o mesmo da semana passada.
Em nota enviada à imprensa, a Sindigás afirma que, além do consumidor residencial, a greve começa a afetar os prestadores de serviços essenciais, como hospitais, clínicas e escolas, que estão com o suprimento abaixo do patamar de segurança.
Confira na íntegra a nota do Sindicato enviada à imprensa:
“A greve dos trabalhadores das empresas que envasam o Gás LP em São Paulo entra na segunda semana. De acordo com o Sindigás, o nível de disponibilidade do produto nas revendas está inferior a 10% do considerado normal. Além do consumidor residencial, a greve começa a afetar os prestadores de serviços essenciais, como hospitais, clínicas e escolas, que estão com o suprimento abaixo do patamar de segurança.
O fornecimento de gás segue cada vez mais comprometido, principalmente em função do descumprimento de liminares pelos sindicatos dos trabalhadores de minério de Paulínia e do sindicato dos rodoviários de Campinas e região. Tais ordens judiciais determinam percentuais mínimos de produção e de contingente de profissionais em serviço para garantir o abastecimento da população. Embora muitos colaboradores queiram retornar aos seus postos, há relatos de que o movimento paredista tem impedido a volta ao trabalho.
O Sindigás acredita que a Justiça do Trabalho julgará com celeridade o dissídio, pois entende que a recusa dos sindicatos paulistas da categoria em aceitar o acordo pactuado com os demais trabalhadores de todo o Brasil não tem justificativas razoáveis. Ao consumidor que tem gás em casa, o Sindigás recomenda que não corra aos revendedores para comprar mais produto, pois acredita que a situação será resolvida em, no máximo, uma semana para que o atendimento à população não fique ainda mais comprometido.”