No próximo dia 13, o cirurgião vascular Guilherme Vieira Meirelles realizará no Hospital e Maternidade Madre Theodora, em Campinas a primeira cirurgia com uma endoprótese fenestrada anaconda.
Esta prótese é utilizada para o tratamento endovascular de aneurisma da aorta envolvendo as artérias viscerais, ou seja, as artérias renais, mesentérica superior e tronco celíaco.
A aorta é a maior artéria do corpo, iniciando no coração e sendo seus ramos responsáveis pela nutrição desde o cérebro até os membros inferiores. O aneurisma se constitui em uma dilatação do vaso podendo ser causado por diversos fatores, sendo o degenerativo o mais frequente. A grande preocupação com o aneurisma da aorta está relacionado ao risco de ruptura. Quando tratado de forma eletiva, a mortalidade cirúrgica é inferior a 5%, mas quando o roto pode chegar a mais de 70% dos casos dependendo do segmento aórtico acometido e da situação hemodinâmica na chegada ao hospital
Países como a Alemanha, Reino Unido, França e Canadá já realizam o implante cirúrgico desta endoprótese.
Cerca de 800 casos já foram realizados com este método e tecnologia. A empresa Terumo Medical do Brasil recebeu da Anvisa, em fevereiro deste ano, a autorização para a comercialização dessa endoprótese no Brasil.
O tratamento endovascular “Trata-se de um procedimento menos invasivo, sem a necessidade de abertura do abdome, e o mais importante é que esta endoprótese é confeccionada especificamente para o paciente que será tratado. Já temos feito a utilização de endopróteses fenestradas há algum tempo, o diferencial desta é que, além de ser reposicionável, permite que se confira o correto posicionamento das fenestras em um modelo de acrílico antes do uso da mesma no paciente” , comentou o especialista Guilherme.