Nesta terça-feira, 5, às 13h30, o Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) deve atingir a marca de R$ 1 trilhão. O valor representa o total de impostos, taxas e contribuições pagas pela população brasileiro nos três níveis de governo (municipal, estadual e federal) desde 1º de janeiro de 2016.
Em 2015, esse montante foi registrado seis dias antes, em 29 de junho. A demora em 2016 representa uma efetiva queda na arrecadação, decorrente da crise que atinge o país e enfraquece a atividade econômica.
Mesmo com esse enfraquecimento, o painel chega ao vultoso valor de R$ 1 trilhão em função do avanço da inflação: com preços mais altos, o consumidor desembolsa, também, maiores valores em impostos, já que esses são calculados sobre o preço final das mercadorias e serviços.
O atraso no registro de R$ 1 trilhão é inédito – até então, as marcas foram alcançadas antes do que no ano anterior, mostrando que o painel girava mais rapidamente. A primeira vez que o Impostômetro chegou a R$ 1 trilhão foi no dia 18 de dezembro de 2007 – o painel foi implantado em 2005.
“O atual governo precisa focar no controle dos gastos de médio prazo e deixar a economia se recuperar. Embora o PIB não vá crescer neste ano, já há fortes indícios de que o segundo semestre será melhor para todos os setores da atividade econômica”, disse o presidente da ACSP, Alencar Burti.
“Defendemos que não deve haver aumento de impostos, porque isso só pioraria a situação. Apesar dos aumentos realizados pela administração anterior, vimos que a arrecadação não melhorou em nada. Ou seja, não surtiu nenhum efeito nos cofres do governo. E a carga tributária já está no limite”, reforça Burti, que também preside a Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).