Instituto do Câncer dá dicas de alimentos para consumir durante a quimioterapia

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A alimentação balanceada é um fator muito para a saúde, ainda mais pessoas com alguma enfermidade. O Instituto Nacional do Câncer (Inca) dá algumas dicas de alimentos para ajudar no tratamento com quimioterapia.

A alimentação saudável é fundamental para o sucesso do tratamento quimioterápico, já que, além de deixar o paciente mais forte e disposto para o enfrentamento da quimioterapia, ela previne a perda ou excesso de peso e fortalece o sistema imunológico para que os ciclos não precisam ser interrompidos, informou o Inca.

Embora as necessidades de calorias e proteínas diferem entre as pessoas, geralmente pacientes em tratamento quimioterápicos ganham peso, por fazerem uso de alimentos calóricos como chocolates, doces, bolos e afins. A orientação de um nutricionista é fundamental durante o tratamento, inclusive para que se monte um cardápio, que deverá ser adaptado à necessidade de cada paciente de forma individualizada.

Uma questão muito presente durante o tratamento é o medo de desenvolver anemia. A quimioterapia atinge também células normais e a anemia é um dos efeitos adversos da quimioterapia. “Uma das causas da anemia é a carência de ‘matéria prima’ para a formação de células do sangue, os eritrócitos. E esta matéria prima para formação dessas células é obtida através da ingestão de alimentos que consiste basicamente em ferro, ácido fólico, vitaminas A, B12, B6 e C e proteínas”, explicou a coordenadora do Departamento de Nutrição da Sociedade Brasileira de Cancerologia, Lúcia Varjão.

De acordo com o Inca, a quimioterapia é um método que utiliza compostos químicos para tratar doenças causadas por agentes biológicos. No caso de combate ao câncer são denominadas quimioterapia antineoplásica ou quimioterapia antiblástica. Embora existam pessoas que não são afetadas, os efeitos colaterais podem ser sentidos logo no primeiro dia. O Inca lista boca seca, vômito, náuseas e fraqueza muscular como sintomas que costumam aparecer até o terceiro dia de tratamento. Entre a primeira e a terceira semana são frequentes a baixa imunidade, inflamação hemorrágica e mucosites (inflamação na mucosa bucal).

De acordo com a nutricionista da SBC, há mais de um tipo de quimioterapia, mas o tratamento a ser escolhido dependerá do câncer e do local em que se instalou. Por isso, há diversos efeitos colaterais diferentes. Ferida na boca é um dos sintomas indesejados que pode atacar alguns pacientes.

Quem desenvolveu esses machucados não deve consumir frutas ácidas, mas isso não significa que todos os pacientes que fazem quimioterapia devam ficar longe deste alimento. “Dessa forma, não há alimentos que só façam bem e outros que só façam mal, tudo depende do quadro geral do paciente. Não existe alimento que cure o câncer, assim como não existe comida que provoque a doença. É importante ter uma alimentação equilibrada, sem excessos ", garante a nutricionista.

Há diversas receitas que minimizam os efeitos colaterais da quimioterapia. Suco de maçã com limão e hortelã ou então doce de banana com cravo e canela são indicados para combater ausência ou alteração do paladar, dor para engolir, boca seca, náuseas, vômito e diarreia. Entre os pratos salgados estão rocambole de fubá e almôndegas de aveia, ambos ajudam a combater a ausência ou alteração de paladar.

Alimentos que fortalecem o sistema imunológico: imunidade baixa é um problema que afeta muitos pacientes durante o tratamento quimioterápico. E como aumentar a imunidade? A imunodeficiência pode ser minimizada com a ingestão regular de alimentos e/ou condimentos que aumentam a imunidade. Os principais nutrientes que estão relacionados com o aumento da imunidade são:

Vitamina C: é uma vitamina hidrossolúvel que atua como antioxidante, melhorando a imunidade e promovendo maior resistência contra infecções. Suas principais fontes alimentares são: frutas cítricas, couve, brócolis, tomate, pimentão amarelo, entre outros.

Selênio: considerado um mineral antioxidante, imunoestimulante, desintoxicante e anti inflamatório, portanto atua nas defesas do organismo, além de favorecer o processo de cicatrização do organismo. Principais fontes: frutos do mar, vísceras, alho, cebola, milho, cereais integrais, cogumelo, etc.

Prebióticos: são encontrados naturalmente nos alimentos, e tem como principal função alimentar as bactérias benéficas presentes no nosso intestino, melhorando dessa forma o funcionamento intestinal. Suas principais fontes alimentares são: alcachofra, soja, alho, alho poró, aspargo, chicória, etc.

Zinco: por estar presente em diversas enzimas, esse mineral exerce efeito direto na produção, maturação e atuação dos leucócitos (células de defesa) e atua diretamente sobre as células imunes. Fontes alimentares: carnes bovinas, de frango e de peixe, fígado, frutos-do-mar, ovos, leite, cereais integrais e castanhas em geral.

Ômega 3: os ácidos graxos ômega-3 são precursores de mediadores químicos que possuem uma função anti inflamatória. Suas principais fontes são: sardinha, arenque, salmão, atum, nozes, sementes de linhaça e chia.

Confira abaixo outras dicas da Sociedade Brasileira de Cancerologia:

• Consuma leite e derivados somente pasteurizados, evite o leite tipo C vendido em saquinhos

• Consuma carnes, frangos, peixes, ovos (gema dura) somente bem cozidos

• Não consuma leites fermentados ou iogurtes que contenham lactobacilos vivos

• Utilizar preparações produzidas por estabelecimentos que tenham todos os cuidados voltados para a segurança alimentar

• Higienizar bem as frutas e hortaliças antes do consumo, independente de cozinhar

• Manter seu peso sempre adequado e estável durante o tratamento, a fim de minimizar o comprometimento da massa muscular.

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