De acordo com uma pesquisa da Organização Mundial da Saúde (OMS), os distúrbios do sono atingem 4 em cada 10 pessoas em todo o mundo. Essas noites mal dormidas geram consequências aos olhos e à visão, além de deixarem as pessoas com desânimo e dificuldade de concentração.
A oftalmologista Rosângela da Silva Moreira explica que não dormir adequadamente altera a lubrificação dos olhos e, consequentemente, prejudica a visão. “Passar muito tempo com os olhos abertos e noites em claro afeta as estruturas do olho, diminuindo o tempo de lubrificação ocular, que ocorre no período da noite’.
Os resultados da insônia, normalmente, são olhos vermelhos, ardência e ressecamento da córnea, a parte mais externa da estrutura ocular. Além disso, a falta de lubrificação, conhecida como olho seco, pode levar à visão turva ou embaçada. “A umidade da córnea ajuda no processo da visão, quando ela está muito seca a pessoa enxerga tudo mais embaçado e com pouca nitidez”, detalha a especialista.
Casos crônicos e recorrentes de insônia podem gerar danos mais graves às estruturas oculares. “O ressecamento contínuo da córnea, causado por longos períodos sem dormir, leva à formação de microerosões nessa camada ocular. Essas feridas, desenvolvidas pelo atrito da pálpebra ao piscar, podem se agravar e formar úlceras, provocar inflamações e dor, já que as terminações nervosas ficam mais expostas sem a umidade”, conclui a especialista.