Por conta dos feriados, a indústria brasileira perderá neste ano R$ 42,2 bilhões. No total, são oito feriados nacionais e 24 estaduais, que ocorrem em dias da semana. Os dados são da nota técnica ‘O Custo Econômico dos Feriados’ da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro – Firjan.
Apesar da quantia elevada, o valor é 19% inferior ao de 2012 (R$ 50,5 bilhões, em valores corrigidos pelo IBGE), uma vez que 2013 terá dois feriados nacionais e três estaduais em dias de semana a menos que 2012.
O estudo é divulgado desde 2008, com metodologia que considera o Produto Interno Bruto Industrial diário como o valor máximo que poderia ser perdido pela indústria com um dia paralisado. A disposição do calendário tem forte influência nos resultados, porque quanto maior o número de feriados em dias de semana, maiores são as perdas para a indústria.
Por serem os mais industrializados, concentram as maiores perdas absolutas os estados de São Paulo (R$ 14,8 bilhões); Rio de Janeiro (R$ 5,2 bilhões); Minas Gerais (R$ 4,2 bilhões); e Rio Grande do Sul (R$ 3,02 bilhões). Em termos relativos, considerando a perda em relação ao PIB, o número de feriados em cada estado e a incidência destes em dias de semana são fatores determinantes. Nesse sentido, Acre, Alagoas, Rio de Janeiro e Rondônia, que em 2013 terão dois feriados estaduais em dias de semana, apresentam a maior perda: o prejuízo para esses estados pode chegar a 4% do PIB industrial.
Com apenas um feriado em dia de semana, 16 estados brasileiros têm perda estimada em 3,6% do PIB industrial. Em 2013, em apenas seis estados não haverá nenhum feriado estadual em dia de semana: Minas Gerais, Santa Catarina, Pernambuco, Maranhão, Tocantins e Roraima. Nesses casos, as perdas ficarão restritas aos oito feriados nacionais em dia de semana, podendo chegar a 3,2% do PIB industrial.
Segundo a Firjan, merecem apoio iniciativas como o Projeto de Lei federal nº 2.257 de 2011, que desloca para segunda-feira ou sexta-feira os feriados nacionais que caírem nos demais dias de semana. Ao reduzir os prejuízos causados por “enforcamentos” e pontos facultativos, essa iniciativa certamente teria desdobramentos positivos sobre a competitividade da indústria brasileira.