Uma boa noite de sono é essencial para que o organismo possa exercer suas atividades com eficiência. No entanto, levantamento do Instituto do Sono da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) aponta que 42% dos paulistanos queixam-se de roncar pelo menos três vezes por semana. Além de ser um incômodo, o ronco também pode ser sintoma de problemas mais graves como a apneia obstrutiva do sono (AOS).
O doutor José Flávio Torezan explica que as causas da apneia do sono são variadas, e vão desde excesso de tecido nas vias aéreas, amígdala ou língua avantajada, até o relaxamento dos músculos das vias aéreas, passagens nasais ou a posição da mandíbula.
Aqueles que sofrem de AOS geralmente não têm consciência de sua condição e pensam que dormem bem. Os sintomas que costumam levar esses indivíduos a buscar ajuda são sonolência diurna, queixas de ronco e pausas respiratórias observadas pelos seus parceiros. Entre os sintomas, estão:
• Roncos com pausas respiratórias (apnéia)
• Sonolência diurna
• Respiração ofegante ou asfixia durante o sono
• Sono agitado
• Confusão mental
• Dificuldade em se concentrar
• Perdas de memória
• Irritabilidade
• Pressão alta
• Dor no peito durante a noite
• Depressão
• Dor de cabeça ao amanhecer
• Redução da libido
• Idas frequentes ao banheiro para urinar durante a noite
Torezan alerta que, apesar das causas comuns, é preciso levar em consideração as características específicas de cada paciente para orientá-lo ao tratamento mais adequado. Em algumas situações apenas a mudança de hábitos de vida já podem reduzir os sintomas da AOS.
“Perder peso, variar a posição de dormir, não ingerir álcool, cafeína ou refeições pesadas até duas horas antes de dormir são medidas simples, mas que para muitos casos surtem bons resultados”, aponta. O cirurgião lembra também que existem aparelhos para o controle das vias respiratórias, além de aplicações orais, que podem contribuir para a melhora da qualidade de vida.