Segundo a última pesquisa feita pelo IBGE em 2010 e divulgada em 2012, 80% dos brasileiros são sedentários e isso é alarmante, visto que a saúde acaba sendo prejudicada. No país, a inatividade é a causa de 8,2% dos casos de doenças cardíacas, 10,1% dos casos de diabetes tipo 2, 13,4% dos casos de câncer de mama e 14,6% dos casos de câncer de cólon. O número é um dos maiores da América Latina, onde 11,4% das mortes são causadas pelo sedentarismo.
Para o cardiologista Caio Gaiane, a atual situação da população brasileira se dá por conta da evolução tecnológica. “Atualmente, os jovens são os mais afetados pelo sedentarismo, pois estão mais envolvidos com a tecnologia”.
Conforme aponta o Ministério da Saúde, 64% da população estão com excesso de peso e um grupo que também merece uma atenção especial é o das mulheres, que por conta das vidas agitadas devido às jornadas de trabalho dentro e fora de casa, apareceram na pesquisa como sendo mais sedentárias que os homens.
Para a Organização Mundial da Saúde (OMS) uma solução para diminuir e até mesmo acabar com o sedentarismo é a prática de pelo menos 30 minutos de exercícios físicos por dia, já que a inatividade é o quarto principal fator de risco de mortalidade em todo o mundo, perdendo apenas para diabetes, tabagismo e hipertensão.
Pensando nisso, Caio Gaiane sugere que o primeiro passo para a mudança tem que ser na alimentação, com a diminuição de refeições gordurosas e o aumento de ingestão de proteínas e fibras. “Os exercícios mais indicados para se livrar da inatividade são caminhadas, ciclismo, natação, alongamentos e hidroginástica por não causarem problemas às articulações”, indica o cardiologista.
O especialista ainda alerta sobre a diferença entre a atividade física do exercício físico, isso porque a atividade é qualquer movimento que fazemos no decorrer do dia e o exercício é basicamente quando fazemos uma ação coordenada.
“As atividades cotidianas podem, quando feitas de forma coordenada, contribuir de uma forma muito significativa para sair do sedentarismo”, finaliza o médico.