Especialistas preveem queda no faturamento do varejo em maio

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O faturamento no varejo paulista deve cair em maio, mês do Dia das Mães. A queda, segundo estimativa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), deve ser de 6% em relação ao mesmo mês do ano passado.

Para a assessoria técnica da entidade, a queda no faturamento deve ser causada pelo cenário desfavorável ao consumo, resultado de taxas de juros elevada, desemprego, queda da renda, pouca disposição para endividamento e aumento de restrições na oferta de crédito por parte dos bancos e financeiras.

Segundo os economistas da Federação, os presentes de valor mais elevado, como eletrodomésticos e eletrônicos, devem perder espaço na lista dos mais vendidos neste Dia das Mães, dando lugar a itens mais baratos, que comprometam menos o orçamento e não exijam financiamento.

As vendas do segmento de lojas de vestuário e calçados costumam ser, entre os principais setores do varejo, as mais alavancadas pelo Dia das Mães. Para se ter uma ideia, maio normalmente responde por 10% das receitas do setor no ano, ficando atrás apenas de dezembro. Entretanto, a Federação aponta que o faturamento dessas lojas deve recuar cerca de 17% no mês na comparação com o mesmo período de 2015.

Presentes mais caros

Apesar do movimento fraco do comércio e das seguidas quedas nas vendas, muitos itens comuns nas listas de presentes para as mães apresentam elevação de preços superior à inflação média acumulada em 12 meses até março (de 9,84% na região metropolitana de são Paulo, segundo o Custo de Vida por Classe Social – CVCS da FecomercioSP).

As maiores altas nos preços ficam por conta das joias (23,8%), computadores (16,2%), televisores (16,1%), bicicletas (14,6%), blusas (13,5%) e lingeries (11,7%).

Alternativas

Alguns artigos que sempre marcam presença na lista de pais e filhos nesta data festiva, por outro lado, apresentaram altas de preço inferiores à inflação média. Com isso, aparecem como opções interessantes as sandálias (1,1%), os sapatos femininos (2,1%), as bolsas (6,6%), os perfumes (9%) e os artigos de maquiagem (9,5%).

As bijuterias registraram queda de preços no mesmo período (-3,2%) e podem ser uma boa alternativa de compra para o consumidor, seguidas pelas flores naturais, que registraram aumento médio de preço de apenas 0,8%.

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