O nascimento de um filho, sem dúvida, é o momento mais sublime na vida de uma mulher. Todos os olhares e carinhos são voltados para o novo integrante da família. Porém, não há como negar que a vaidade e a beleza são inerentes à mulher, portanto, a necessidade e o desejo de voltar a exibir uma silhueta mais fina, como na pré-gestação, torna-se uma prioridade pessoal para grande parte das mulheres, principalmente quando a nova rotina já está bem implantada, tanto para ela quanto para o bebê.
Após a gestação, a paciente passa por uma fase de regressão do inchaço, com alterações hormonais significativas, o que impede qualquer tipo de procedimento estético, cirúrgico ou não. Deste modo, é recomendado esperar um período, em torno de seis a oito meses após o término da amamentação, para que a mulher obtenha um equilíbrio hormonal. O Cirurgião Plástico e Cosmiatra, Márcio Castan, Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), reforça que, durante o período de lactação, deve-se evitar até mesmo a aplicação de Toxina Botulínica, Ácido Hialurônico, Peelings, ou qualquer outro tipo de substância que pode chegar ao leite, até mesmo cremes com essas matérias-primas.
“É importante lembrar que prazo de espera pós-amamentação não é uma regra. O ideal é avaliar criteriosamente e globalmente a parte fisiológica e psicológica da paciente para, dessa forma, indicar ou não um procedimento. Enquanto isso, a paciente deve adotar um estilo de vida saudável, exercitando-se, pois, quando for possível realizar uma intervenção estética, o resultado será muito melhor”, esclareceu.
O cirurgião lembra que, durante a primeira consulta, é importante abordar se, de fato, o desejo de realizar cirurgias estéticas está em conformidade com a decisão de não haver novas gestações. “Uma nova gravidez pode prejudicar muito, por exemplo, o resultado da Abdominoplastia ou da lipoaspiração, a ponto de perder totalmente os procedimentos. As mudanças que acontecem durante a gestação ocorrerão novamente, como o estiramento da pele”, disse o especialista.
Procedimentos após a amamentação
As cirurgias mais indicadas, normalmente, são para o corpo: abdominoplastia, na maioria das vezes associadas à lipoaspiração; e a mamoplastia, ora para levantar as mamas (mastopexia), ora para aumentar (inclusão de prótese mamária) ou até mesmo a combinação dessas duas técnicas (mastopexia com prótese de silicone). “Essas cirurgias são as mais procuradas porque são as estruturas mais acometidas e “transformadas” pela gestação”, explicou o cirurgião.
Abdominoplastia e lipoaspiração: O abdome sofre alterações para acomodar o útero que está em crescimento, o que resulta na distensão da musculatura da parede abdominal, que não retorna à sua “tensão” original, além do excesso de pele e acúmulo de gordura que podem ocorrer. Essas alterações podem ser corrigidas pela lipoabdominoplastia, onde a gordura localizada que ficou acumulada será retirada pela lipoaspiração e o excesso de pele e a musculatura serão tratados pela abdominoplastia.
Mamoplastia: As mamas também sofrem mudanças importantes, pois se enchem de leite e depois “murcham”, tornando-se flácidas e para baixo. A cirurgia de implante mamário, quando realizada dentro dos princípios técnicos da mamoplastia de aumento, seja por qualquer incisão, não deve afetar a amamentação. Por isso, deve-se respeitar um período de seis a oito meses do término da amamentação para realizar o procedimento.