Cirurgia pode resolver excesso de transpiração

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Caracterizada pelo excesso de produção de suor independente de estímulos externos e além do necessário para a regulação da temperatura do organismo, a hiperidrose é uma doença que atinge cerca de 10% dos brasileiros, segundo pesquisa do Instituto Ipsos. De acordo com o cirurgião torácico do Hospital e Maternidade Brasil, dr. Márcio Alcalá, “a produção de suor em quantidade acima do habitual não se caracteriza como uma doença e não compromete a saúde”, explica. “Torna-se um distúrbio quando é acompanhada por fobia social e consequente comprometimento na qualidade de vida do indivíduo”, complementa o médico.

Suor intenso nas mãos, nos pés, nas axilas ou na face, acompanhado às vezes por vermelhidão facial, que o indivíduo não consegue controlar, são alguns dos principais sintomas, podendo gerar ansiedade e piorar com o "estresse". Geralmente, essas características são decorrentes de um sentimento de timidez e o desejo de escapar da situação que deu início ao quadro. Entre as causas mais comuns da hiperidrose estão à hereditariedade, observada com maior número de casos em indivíduos da mesma família, o hipertireoidismo e a menopausa.

Segundo o especialista, o tratamento é variável de acordo com o grau de comprometimento da convivência interpessoal do paciente, do local de maior intensidade da sudorese e a disposição de se submeter a tratamentos cirúrgicos. A aplicação de medicamentos de uso externo ou toxina botulínica, na região de maior produção do suor, e ingestão de remédios via oral ajudam a reduzir a liberação.

Já os procedimentos cirúrgicos são indicados, principalmente, nos pacientes com hiperidrose palmar e axilar, que não tem boa resposta às outras formas de tratamento ou que escolham a cirurgia como primeira opção. A forma de tratamento é uma alternativa feita pelo próprio paciente após adequada e completa explicação sobre as vantagens, riscos e limitações de cada uma das propostas terapêuticas.

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